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Dendezeiro    
Chega ao mercado dendê resistente ao amarelecimento fatal
Híbrido BRS Manicoré, desenvolvido pela Embrapa, é a única semente brasileira com resistência comprovada à anomalia
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Pedro Zuazo
14/10/2010

Uma nova alternativa chega ao mercado para atender aos produtores de dendê que sofrem com os prejuízos causados pelo amarelecimento fatal. O híbrido BRS Manicoré, desenvolvido pela Embrapa Amazônia Ocidental, é a única cultivar brasileira que apresentou resistência à doença após 20 anos de testes realizados na Amazônia, em áreas suscetíveis ao surgimento da anomalia. A semente apresenta ainda outras vantagens, como porte médio, elevada capacidade de produção e fornecimento de óleo com boa viabilidade econômica. Registrado no final do ano passado, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o híbrido foi lançado oficialmente esse mês.

O híbrido foi desenvolvido a partir do cruzamento entre a espécie de origem africana Elaeis guineensis e o dendezeiro da região Amazônica Elaeis oleifera, conhecido como caiaué. De acordo com o pesquisador Ricardo Lopes, desde o início dos experimentos algumas características de interesse já eram esperadas, como um porte reduzido, um óleo mais insaturado e a resistência a algumas pragas e doenças.

— O resultado foi um material que não é afetado pela anomalia, ou desordem, que chamamos de amarelecimento fatal. É um problema que não tem ainda origem definica, mas o que sabemos concretamente é que o  caiaué é resistente a ela e essa resistência foi transmitido ao híbrido que desenvolvemos — comemora.

O híbrido apresenta outras características vantajosas, como um crescimento vertical que varia entre 17 e 24 centímetros ao ano, enquanto o crescimento do dendezeiro convencional é de cerca de 45 centímetros. A semente oferece também um óleo de melhor qualidade, com bom potencial para a produção de biodiesel.

As indicações de cultivo do híbrido são similares às do dendezeiro, embora ainda não existam orientações específicas sobre adubação. O espaçamento indicado é o mesmo utilizado para o dende comum, mas as perspectivas são de que ele possa ser plantado numa densidade menor, por ter um pouco mais de vigor.  Outra diferença está no ciclo de colheita, que é um pouco maior do que a variedade tradicional. Enquanto o dendezeiro tem um ciclo de varia de 10 a 15 dias, o caiaué tem ciclo de cerca de 21 dias, o que reduz os custos e permite um prazo de colheita mais longo.

O híbrido apresenta também algumas desvantagens. A principal delas é a necessidade de polinização assistida. A semente tem um pólen com menor viabilidade e uma maior atração das inflorescências por insetos menores. Para que atinja todo o potencial produtivo , é necessário realizar a polinização assistida, que traz um custo adicional para o produtor.

Apesar disso, a cultivar é indicada para produtores de todos os portes e serve para as mesmas finalidades a que se destina o dendezeiro. Pode ser usado tanto para a produção de biodiesel quanto para a indústria alimentícia.

O preço da semente, hoje, é R$3,50, o que não é considerado inviável para os produtores, já que a densidade de plantio é de 143 plantas por hectare e a expectativa de produção é de 35 anos. O custo da semente é baixo se comparado, por exemplo, com o custo de implantação de uma cultura anual. Os custos de formação da muda são similares ao da muda de um dendê.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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